quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sem criatividade pro título

   Olá, pessoal!
  Obrigada pelos comentários no meu primeiro post! Talvez isso não seja um solilóquio, no fim das contas :)
Queria escrever um outro poema, mas a criatividade me falta no momento, então vou ficar com esse texto mesmo.  Já faz um tempo que criei meu último blog,então me mantive afastada do universo blogueiro até agora. Li tantos textos/poemas/artigos maravilhosos, que a minha vontade de manter esse blog e continuar compartilhando com vocês o que eu penso e sinto só aumentou.
   Devo pedir desculpas, desde já, pela inconstância. Provavelmente vou sumir por uns tempos, achar tudo isso uma merda, e depois voltar com cara de quem sempre esteve por aqui. Pois é, eu sou assim mesmo. Mas, que ser humano não é? Essa coisa de felicidade o tempo todo, de família "comercial de margarina" não existe e nunca vai existir. O ser humano é inquieto, insatisfeito por natureza. Não fosse isso, ainda estaríamos vivendo nas cavernas.
    Bom, mas não é sobre história que quero falar hoje (até porque eu sempre fui péssima).
    Dia desses li um texto na Época, muito bom, que falava sobre o ateísmo nos dias de hoje. (http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2011/11/dura-vida-dos-ateus-em-um-brasil-cada-vez-mais-evangelico.html). Não sou atéia, me considero agnóstica, e estou feliz com essa minha condição. Não quero aconselhamento religioso e, no dia em que quiser, sou perfeitamente capaz de procurá-lo por conta própria. Não me entendam mal, não sou contra manifestações religiosas, nem saio por aí ridicularizando a crença dos outros. Mas o que tenho visto cada vez mais nos dias de hoje, é uma intolerância tremenda e, mais do que isso, uma ignorância sem tamanho. Eu respeito a crença dos outros, então porque é tão difícil respeita a minha não crença?
    Se vocês lerem os comentários escritos no link da notícia que postei, vão entender do que estou falando. É muito fácil dizer "Eu sigo ao Senhor Jesus", e mandar ao inferno pessoas que não concordam com a sua opinião. Isso contraria um dos princípios básicos do cristianismo que, em resumo, diz: só cabe a Deus julgar. Se Ele existir, Ele irá julgar minhas ações e decidir o que fazer comigo. E, posso dizer que, se houver mesmo a tal justiça divina, eu mereço mais o céu que muito crente por aí.
   Ai, que desabafo! Mais uma vez, não estou dizendo pra ninguém que Deus não existe, não estou dizendo pra ninguém largar sua religião. Mas respeito é uma via de mão dupla. Tô cansada de ver político fazendo culto ecumênico, ou usando a bíblia pra justificar alguma coisa. Uma vez, numa conversa em que mencionei esse fato, dizendo que achava errado pois o Estado é laico, alguém me disse: ah, mas os cristãos são a esmagadora maioria da população! Sabe o que tenho a dizer sobre isso? A Constituição existe para resguardar o direito de todo mundo, e não o da maioria. Não me interessa se a maioria acha que família é homem e mulher, não me interessa se a maioria não consegue entender a diferença entre casamento civil e religioso, não me interessa se 99,99999% da população acredita em Deus. O Estado é laico, quando é que vão entender isso?
    Texto longo e de tom extremamente revoltado, mas talvez alguém goste... hahaha
    Pelo menos eu botei pra fora.
    Boa noite, pessoal, até a próxima!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Os dois "eus" em mim

    Lá vai ela de novo
   Tentando...tentando...
   Quantas vezes nós já passamos por isso? pergunto, sem resposta
   Ela não me escuta mais, tantas discussões intermináveis... e aqui estamos nós, outra vez
 
   Quando foi que nós nos tornamos tão distantes?
   Quando foi que concordamos, silenciosamente, em discordar?
   Eu deveria estar no comando, afinal. Essa coisa de coração é pra quem não entende de biologia.
  Mas cá estou, eu. Lutando, desesperada, pra fazer você enxergar.
   Você não escuta, habilidosamente me ignora, e diz pra si mesma que, mesmo após tantas pistas, tantas óbvias pistas, tudo pode ser diferente.
   E lá vamos nós.
 
   Vejo você, em pedaços, se culpando, dilacerada por dentro.
   E eu, impotente, me culpando por ter deixado que você fizesse isso, no fim das contas.
   Não há nada que eu diga que alivie a dor. Minha lógica nunca funcionou com você mesmo...
   Lá vamos nós. Lá vou eu, melhor dizer.
   Não, não. Lá vamos nós. Você e eu somos diferentes. Você sente, eu penso. E continuamos assim, nesse descompasso, nos revezando nesse corpo inútil, até não podermos mais...